Foi com
novos desenhos decorativos e novos detalhes técnicos que a empresaSchlüter-Systems participou na CERSAIE.
Entre as novidades
foram apresentadas novos designes para as grelhas dos sistemas de escoamento de
duches italianos Schlüter-KERDI-LINE e Schlüter-KERDI-DRAIN, ideais para a
construção de bases de duche ao nível do pavimento.
Uma
novidade dentro do lema “da prática para a prática” é o novo setSchlüter-KERDI-TS, contendo todos os elementos necessários para garantir uma
ligação segura de impermeabilização entre banheiras e bases de duche, e os
paramentos verticais impermeabilizados com Schlüter – KERDI, Schlüter – KERDI-BOARD
ou SchlüterDITRA-HEAT.
A criação
de arestas exteriores seguras e elegantes, na aplicação de revestimentos de baixa
espessura, como micro-cimento, pastilha de vidro ou lâmina cerâmica, é muitas
vezes um trabalho milimétrico. A melhor forma de o fazer e garantir que não
existem esmilhamentos é através de perfis. Acrescentamos à vasta gama de perfis
para este efeito o novo perfil Schlüter-FINEC. A superfície visível deste
perfil em aço inoxidável ou alumínio anodizado, forma um ângulo de 45º, e cria
assim, uma elegante e estreita aresta. Ao mesmo tempo este perfil protege mecanicamente
as arestas das peças de acabamento de danos mecânicos.
O complemento perfeito para as peças de cantoneira TRENDLINE
são os novos perfis Schlüter-DILEX-AHK-TS. Os novos perfis de meia cana, estão
disponíveis nas cores marfim, cinza pedra e antracite escuro, num acabamento
texturizado elegante. Os perfis podem-se utilizar para as esquinas interiores
de paredes, para o remate em bancadas de casa-de-banho ou cozinha e as suas
cores naturais combinam perfeitamente com as tendências actuais da cerâmica.
Rápido e
Silencioso...Com
Schlüter Ditra Heat DUO, temos um sistema de aquecimento radiante elétrico com
uma resposta rápida e garantindo um excelente isolamento ao ruído de impacto...
...não
esquecendo que graças ao sistema Ditra, garantimos a cerâmica ou pedra
natural isentas de fissuras tal como no dia em que foi aplicada.
Schlüter-DITRA-HEAT-E, é
o sistema completo patenteado para aquecimento eléctrico sob cerâmica ou pedra natural ,
que permite uma fácil instalação e tempos de aquecimento rápidos. Agora, como
novidade, Schlüter-DITRA-HEAT-DUO tem uma redução ao ruído de impacto
certificada de 13dB, além de uma quebra térmica integrada.
Schlüter-DITRA-HEAT-DUO
(anteriormente conhecida como Schlüter-DITRA-HEAT-TB) é uma membrana de
polipropileno com uma estrutura cónica recortada e um véu de ancoragem especial
de 2 mm laminado na parte inferior. O elemento «-DUO» reflecte as
duas características oficialmente verificadas que a lâmina acrescenta ao seu
produto-mãe, Schlüter-DITRA-HEAT: redução térmica e redução do ruído de impacto.
A recente certificação
de redução do ruído de impacto de até 13dB, implica para o ouvido humano é
percebida como uma redução de 50%. Em termos de credenciais de resistência
térmica, DITRA-HEAT-DUO garante 80% da potência para a superfície. Para contextualizar
- para uma entrada de 136W / m2, 110W / m2 são direcionados para a superfície
durante a fase de aquecimento. Este produto único, permite uma maior eficiência
de aquecimento e menores custos de funcionamento, em comparação com outros
sistemas, que perdem até metade do calor na betonilha ou na sub-base.
Tanto
Schlüter-DITRA-HEAT como Schlüter-DITRA-HEAT-DUO funcionam como sistemas de
desacoplamento, impermeabilização e barreiras contra a humidade, bem como
eliminação da necessidade de betonilhas de autonivelamento e/ou primários.
Schlüter-DITRA-HEAT-E,
que deixa os outros sistemas eléctricos no frio, é a solução integrada perfeita
para aquecimento sob cerâmica e pedra natural. É adequado para uso em paredes e
pisos, e é ideal para projectos de remodelação e renovação pela baixa altura de
montagem. Em termos de configuração, Schlüter-DITRA-HEAT-E é mais adequado para
a criação de zonas de aquecimento concentrado, como casas de banho, ou para dar
mais luxo e conforto a determinadas áreas de um projeto
Todos os elementos do
sistema Schlüter-DITRA-HEAT-E são concebidos para funcionarem em harmonia: os
cabos ficam ancorados de uma forma segura na lâmina, eliminando a necessidade
de colas; O design inovador permite espaçamento uniforme sem a necessidade de
medição ou marcação e todo o conjunto pode ser ladrilhado imediatamente após a
instalação
Tempos de instalação
reduzidos, pois:
• Facilidade em aplicar o cabo - sem necessidade de utilização de fita ou cola,
poupando ao ladrilhador até 70% do tempo em comparação com outros sistemas;
• Sem necessidade de betonilhas auto-nivelantes ou aplicação de primários -
tempo economizado na aplicação;
• Impermeabilização com marcação CE - simplesmente vedando as juntas e conexões;
• Cabo de aquecimento solto - maior flexibilidade, aplica-se o aquecimento somente
onde for necessário;
• Espaçamento uniforme - sem necessidade de medições;
• Não há necessidade de placas de isolamento ou de medidas de redução de ruído;
• Pacotes integrados e abrangentes - todos de um fabricante confiável;
• Pode ser ladrilhado imediatamente - sem tempo de espera.
O sistema Schlüter-DITRA-HEAT-E possui todos os componentes necessários
para criar um sistema de aquecimento radiante elétrico, incluindo opções para
termostatos com ecrã táctil, lâminas multifuncionais para cerâmica e pedra natural
sem fissuras e cabos de aquecimento. O sistema pode ser comprado como um
conjunto completo (sets pré elaborados) ou através dos seus componentes.
Poderá fazer a transferência do prospecto e o nosso departamento técnico, estará à vossa disposição para qualquer orçamento ou questão técnica.
É a transmissão de sons a outras divisões originados pelos
passos ou à queda de objectos.
O ruído de impacto é transmitido à estrutura, e esta
encarrega-se de o “distribuir” de forma não controlada.
Com o aumentar da exigência por parte das pessoas, houve a
necessidade de se desenvolverem sistemas de isolamento ao ruído de impacto
entre os diferentes pisos. Estas necessidades não se manifestam apenas no
sentido descendente. Também é muito frequente o distúrbio na habitação em
altura dos pisos mais baixos.
Os primeiros sistemas desenvolvidos para a eliminação desta
patologia nos anos 80 no centro da Europa, pressupunham a aplicação de espumas,
e sobre estas, betonilhas de distribuição de carga para desta forma receber a
aplicação directa da cerâmica ou pedra natural.
De forma a garantir a distribuição de carga sobre as espumas
de isolamento as betonilhas deveriam ter uma espessura nunca inferior a 45mm,
normalizado através da norma EN 13813
Contudo, rapidamente se manifestaram as primeiras patologias
com peças cerâmicas partidas ou soltas.
Porquê
Uma betonilha não aderida sofre o processo de retração
inicial, em que com a evaporação da água necessária apenas para a trabalhabilidade,
até atingir a humidade residual de 2% durante aproximadamente 28 dias, perde
0,5% do seu volume.
O processo de retração química acontece durante entre a 2 a
10 anos (depois da humidade residual da região, causa a perda de volume de
+0,5% do volume da betonilha.
Este processo não é simultâneo, primeiro existe a evaporação
na zona superior e após esse posteriormente a evaporação da água da zona
inferior.
Com este processo existe a probabilidade de um arqueamento
da betonilha de distribuição de carga.
Aplicando
a cerâmica ou a pedra natural antes do processo de cura, ou seja da
estabilização da betonilha, existem forças contrárias que ditam forças de
cisalhamento e as peças de cerâmica ou pedra têm a tendência natural de
apresentarem fissuração
Outra causa de patologias é a dilatação térmica linear.
Os materiais têm uma reação dimensional às variações
de temperatura, podendo a 70ºKelvin, variar em cada metro linear 0,35mm. Poderá
não parecer significativo em pequenas áreas, contudo sempre que estamos perante
divisões maiores, esta diferença de dilatação (que não é simultânea) poderá
causar danos na cerâmica ou pedra natural
Solução para o isolamento ao ruído de impacto em combinação
com cerâmica ou pedra natural.
Em 2006 a Schlüter, em simultâneo com a celebração do seu
40º aniversário, apresenta a placa de isolamento ao ruído de impacto Schlüter
Ditra-Sound. Sim placa! Pois a sua densidade é tão elevada que não é possível a
sua apresentação em rolo.
Com esta solução, graças à sua elevada densidade não é
necessário qualquer elemento intermédio entre a cerâmica e o isolamento,
podendo a cerâmica ou pedra natural ser colados directamente através de
cimentos cola do mercado.
Com Schlüter Ditra-Sound garantimos a transmissão directa
das cargas pontuais ao suporte, tendo uma capacidade de carga até 5kN/m2, ou
seja está apta inclusivamente para fins industriais, ou para a aplicação onde
sejam requeridos porta-paletes manuais como é o caso de espaços comerciais.
Ou seja, não sendo necessárias betonilhas flutuantes,
automaticamente são anuladas as principais causas de patologias.
Outra grande vantagem reside no facto desta solução ter
apenas 3mm de espessura, aligeirando o sistema construtivo não apenas na altura
de construção, mas também na carga e na quantidade de água que é introduzida em
obra.
Esta solução, além do
mercado da construção em altura em que diminui em 13 dB o ruído de
impacto (valor segundo ensaio EN ISO 140-8) tem uma vantagem acrescida em
espaços comercias ou de lazer, pois garante que não existem transmissões à
estrutura, e consequentemente os incómodos ruídos aos vizinhos, mesmo que estes
residam por cima desses espaços.
São inúmeros os casos de em obra de reabilitação, em que por questões estéticas, técnicas ou de saúde, se retiram banheiras ou bases de duche, e se pretende fazer a base de duche ao nível do pavimento (duche italiano) sem barreiras arquitetónicas.
A Schlüter disponibiliza sets de duche, onde além dos sistemas de escoamento, contém todos os elementos para se proceder à impermeabilização de acordo com a etag 022 com elevação da lâmina no mínimo a 1,5m nos paramentos verticais:
- 5m2 ou 10 m2 de lâmina de impermeabilização Schlüter Kerdi 200;
- Peças especiais de canto Schlüter Kereck Fi;
- Banda para a sobreposição Schlüter Kerdi Keba;
- Cola para garantir a sobreposição e para remate Schlüter Kerdi-Coll;
Contudo existem casos em que por questões estéticas (não se queres retirar a cerâmica ou pedra existente na parede) ou por questões económicas, se pretende efectuar a intervenção apenas ao nível do pavimento com uma pequena elevação.
Para essas situações, estão disponíveis Kits que além do sistema de escoamento Schlüter Kerdi-Drain Base, são oferecidos 2m2 da lâmina de impermeabilização Schlüter Kerdi 200.
Como recorrente a Schlüter-Systems apresenta
numerosas soluções para a aplicação de cerâmica e pedra natural.
Um tema central para o ínicio do ano será a
área de “Técnica e Desenho com Perfis”, uma vez que se amplía a gama de cores dos
perfis de protecção de aresta Quadec, Rondec e Jolly.
Novidade no mercado mundial será a atractiva
cor negro mate, que conjuntamente com os acabamentos Trendline e os perfis em
branco mate acompanham perfeitamente as tendências actuais da cerâmica.
Também os sistemas de escoamento lineares Schlüter Kerdi.Line, para a construção de bases de duche ao nível do pavimento (duches italianos) foram alargados proporcionando mais variedade ao desenho do seu banho. A partir deste ano estarão disponíveis novos acabamentos de grelhas e marcos, em aço inoxidável polido, que combinam perfeitamente com os sanitários de alta qualidade.
Por outro lado as novas tiras de Led, do
sistema de perfis iluminados Liprotec, proporcionam uma maior flexibilidade no
desenho dos ambientes. A alta quantidade de LED`s por tira, marca uma nova pauta
na qualidade da iluminação, com a combinação de LED´s brancos e de cor RGB, que
além do mais são reguláveis fácilmente através da APP
Schlüter-LED-Color-Control desde o seu Smartphone ou Tablet.
Por último, na área de negócio “Suportes para
a Aplicação de Cerâmica”, apresentamos os elementos Kerdi-Board-N, permitindo a
construção de nichos impermeáveis de uma forma, simples, rápida e garantida.
Estão disponíveis quatro medidas pré-fabricadas para a criação segura de
estantes e porta-objectos embutidos elegantes na construção de duches ao nível
do pavimento.
Associar as palavras cerâmica com madeira, para muitos
intervenientes na construção civil, ainda é algo algo estranho ou talvês
impossível.
A madeira tem particulariedades muito únicas, por se tratar
de um material vivo, requerindo uma “respiração”, ou seja que os níveis de
humidade sejam os mesmos do ambiente, logo não deverá ser completamente
tamponada.
Por outro lado, é um material que tem um quoficiente de
dilatação térmico linear totalmente distinto da cerâmica ou pedra natural,
dilatando em circunstâncias distintas e nunca nas mesmas proporções.
Da mesma forma que dilata ou retrai com a temperatura,
também o faz com o aumento ou diminuição do nível de humidade ambiente, algo
que não acontece com a cerâmica ou pedra natural.
Seja apoiada totalmente sobre a estrutura ou sobre
“barrotes” a madeira tem a tendencia a criar curvaturas causadas pelas
dilatações e pelas cargas a que está sujeita, algo que a cerâmica ou pedra
natural não têm a mínima capacidade de absorção, e na zona das emendas pode
criar o risco de fissuração.
Se optarmos por colar a cerâmica sobre uma base cimentícia, a humidade da mesma pode causar a dilatação da madeira.
Por outro lado, optando por um adesivo sintectico ou de base
epoxi, estes vão tamponar os poros da madeira impedindo que esta “respire” e
aumentando os riscos de apodrecimento.
Como grande parte dos requisitos para a aplicação de
cerâmica sobre madeira, são em zonas húmidas em que seja requerida a
impermeabilização, o material a aplicar deverá ser estanque, mas ao mesmo tempo
com capacidade de difusão da pressão de vapor.
Em países com tradições na construção a seco, usando
tecnologias de lsf ou de madeira, são utilizados métodos e sistemas há mais de
30 anos que evitam todas estas patologias, tornando a aplicação da cerâmica ou
pedra natural, algo eterno e garantido.
COMO?
Simples...Entre a madeira ou as placas de aglomerado tem que
se aplicar um material com capacidade de difusão da pressão do vapor, com
capacidade de desacoplamento (que absorva os movimentos do suporte tanto na
horizontal como na vertical), que seja estanque à humidade e à água, e que
tenha capacidade de distribuição das cargas pontuais.
A solução passa pela aplicação da lâmina Schlüter Ditra 25.
Como se aplica:
1. Aplicação de primário de aderência sobre o suporte;
2. Aplicação de cimento cola não modificado (C1);
3. Aplicação da Lâmina Schlüter Ditra
4. Vedação das Juntas com a banda Kerdi-Keba através da cola
vedante Kerdi-Coll, assim como os remates perimetrais ou a elementos.
5. Aplicação da cerâmica ou pedra natural, utilizando
nos remates perimetrais perfis de juntas da gama Schluter Dilex RF ou EK Vídeo de Aplicação:
Uma das grandes questões da construção, reside em colocar cerâmica em zonas impermeabilizadas, pois as soluções convencionais de mercado, requerem sobre a impermeabilização uma camada de distribuição de carga e com capacidade de aderência.
Ou seja, sobre a camada de impermeabilização, temos uma betonilha com o mínimo de 45mm de espessura, mas esta está sujeita a vários factores patológicos:
1- Retração : Durante 28 dias, esta betonilha vai perder água, e consequentemente volume, cerca de 0,5% do seu volume.
Automáticamente requer que a cerâmica ou a pedra natural, apenas possam ser aplicadas após estes 28 dias.
2-Tracção: A evaporação da água nunca será de uma forma uniforme, ou seja primeiro irá evaporar na zona superficial e posteriormente nas camadas inferiores, que irão humedecer a zona superficial. Estes fluxos irão provocar tracções na própria argamassa e que podem ditar o seu arqueamento. Estando a cerâmica já aplicada, existem forças antagónicas e contrárias.
3. Dilatação Térmica Linear : A alteração de temperatura faz com que a betonilha sofra movimentos distintos dos da cerâmica ou da pedra natural.
Se um porcelânico ou o granito dilatam 0,04mm/m2, a betonilha dilata 0,12mm/m2, ou seja o triplo.
E temos que pensar que estes movimentos não são simultâneos, por exemplo em Agosto com o aumento da temperatura, primeiro dilata o acabamento e o calor deste irá condicionar a dilatação térmica do suporte.
Perante estes três factores, existe uma forma muito simples de corrigir e evitar a patologia: CRIAÇÃO de JUNTAS de FRACCIONAMENTO E PERIMETRAIS.
Mas…ainda existem outros condicionantes:
4. Vapor de água: Mesmo esperando os 28 dias de cura da argamassa, esta atinge 2% de humidade residual, e esta terá que evaporar. A sua evaporação irá encontar a cerâmica que funciona como barreira e potencia o vapor a liquidificar (e quanto maior o tamanho da peça pior), humedecendo o suporte e retirando propriedades ao adesivo de colagem.
Agora temos que analisar este fenómeno sempre que chove….
5. Gelo/Degelo: Muitas pessoas já passaram pela terrível experiência de se esquecerem de uma garrafa de vidro no congelador! Resultado…garrafa partida e perda total do líquido! Simples o líquido congela e aumenta de volume.
O mesmo acontece sempre que com o suporte húmido ou molhado, a água que se encontra nos poros, aumenta de volume e danifica consideravelmente a betonilha, aumentando o tamanho do poro…
E depois temos a evaporação com as eflorescências.
Conclusão:
Que funções deverá ter o material a aplicar sob a cerâmica ou pedra natural: D esacoplamento: Capacidade de absorver tensões entre os materiais. I mpermeabilização: Capacidade de proteger o suporte da água T ransmissão da Pressão do Vapor: Capacidade em difundir a pressão do vapor. R epartição de Cargas: Capacidade de absorver cargas pontuais e repartir por toda a base A bsorção de Dilatações: Capacidade de Absorver as diferentes dilatações entre os materiais.
Resumindo: Schlüter DITRA
O “salitre” não é mais que a manifestação da evaporação de água, de paredes, e a sua reação aos elementos que constituem a argamassa de reboco e até do betão.
Quando esta humidade é causada por infiltrações, o primeiro passo, sem dúvida que é a impermeabilização da causa, sejam nos paramentos verticais, soleiras de janelas, falta de impermeabilização de casas de banho, ou no caso de construções em parede dupla inclusive pela cobertura ou varandas.
Mas grande parte dos casos, esta patologia deve-se a um somatório de factores:
1. Humidade Ambiente – O clima português tem uma humidade residual bastante elevada, com maior destaque nas regiões insulares, zonas de foz de Rios e em toda a orla costeira. E, devido à acção dos ventos, essa humidade ambiente muitas vezes tem alto teor de sal. Não havendo uma compensação da pressão do vapor, essa humidade impregna-se nos rebocos.
2. Qualidade dos Inertes – Embora já estejam disponíveis no mercado nacional argamassas de reboco pré-dosificadas, grande parte do parque habitacional foi (e continua a ser) construído com argamassas de obra, e, a incorrecta seleção dos inertes faz com que muitas vezes as areias utilizadas tenham alto teor de sais, que reagem com o cimento portland.
3. Quantidade de água na construção – No processo de construção são utilizados muitos litros de água, no betão, nas argamassas, nos rebocos. Esta argamassa tem que evaporar, mas de forma natural para evitar retrações precoces. Ao “fechar” hermeticamente as habitações, estamos a impedir a natural evaporação dessa água e a conduzi-la para as zonas das paredes.
4. Humidade Capilar – Com a incorrecta drenagem, falta de impermeabilização das sapatas e pilares e elevada porosidade do betão, quando a casa é aquecida e respectivamente as paredes, existe um sugar da humidade dos elementos estruturais, manifestando-se em salitre.
Independentemente dos casos, a manifestação deve-se ao somatório senão de todas mas de várias causas.
Para se resolver este problema temos que ter em conta três funções essenciais:
– Compensação da Pressão do Vapor, para que a humidade ambiente e residual não penetre nos rebocos;
– Isolamento térmico, para haver um corte térmico entre o ambiente e a parede;
– Impermeabilização, para garantir que a humidade que está no suporte não se manifesta no novo acabamento;
– estabilidade dimensional, não devendo sofrer variações de dimensão nem com a temperatura, nem com a humidade.
Uma das soluções, passa pela aplicação da placa de construção Schlüter Kerdi-Board ( http://www.schluter.pt/media/schlueter_db_12_1_kerdi_board_pt_0715.pdf
) que num só produto faz o isolamento térmico (constituída por xps), compensação de pressão de vapor (contém barreira para vapor em ambas as faces) e impermeabilização (a superfície final é na lâmina de impermeabilização Schlüter – Kerdi).
Este material tem a vantagem de ser revestível com argamassas de acabamento de baixa espessura fina, tanto à base de cimento como de gesso.